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Organizando a mudança: dicas de quem já trocou de casa muitas vezes para não se perder em meio às caixas
Meu Lar 26/09/2018

Organizando a mudança: dicas de quem já trocou de casa muitas vezes para não se perder em meio às caixas

Se mudar é sempre um toma lá dá cá. É correr para empacotar tudo, deixar o imóvel do jeito que recebeu e ainda ter que tomar um cuidado redobrado para não guardar algo que você vai usar. Mas é como dizem: a prática leva à perfeição. Por isso, pessoas que passam por muitas casas se tornam verdadeiros experts quando o assunto é como organizar a mudança. Não é o seu caso? Não tem problema! Nós conversamos com Jonathan Ferreira, Yuri Fernandes e Igor Miranda, três pessoas que já estão mais do que acostumadas a se virar no meio das caixas.

Cada um deles teve um motivo diferente para trocar de casa. No caso de Jonathan foi a vontade da avó de mudar de ares, embora sempre tenha permanecido no Rio de Janeiro. Já Igor Miranda está na sua quarta cidade. Nascido em São Luís, no Maranhão, ele viveu 1 ano em Roma, capital da Itália, para fazer intercâmbio. Ao voltar foi para o Rio de Janeiro fazer mestrado e, hoje, vive em Juazeiro do Norte, no Ceará, para onde se mudou por questões de trabalho.

Embora as distâncias sejam grandes, o número não é tão impressionante quanto o de Yuri, que já se mudou 15 vezes! Após sair de sua cidade, Ipatinga, em Minas Gerais, trocou de casa quatro vezes em Juiz de Fora, onde fez faculdade. As outras 11 foram no Rio de Janeiro, onde foi para estagiar e depois ficou para trabalhar. Os motivos para tantas mudanças? Bem, eles variam, mas de uma forma geral foi por simplesmente encontrar lugares melhores. Mesmo tendo histórias diferentes, os três concordam que é possível sim trocar de casa sem sofrimentos, e por isso compartilharam os seus truques para evitar dores de cabeça na hora de mandar tudo para o novo lar.

Como não confundir as suas coisas com as de outras pessoas

Dos três, Jonathan Ferreira foi o único que nunca se mudou sozinho. Nesse tipo de situação é comum acabar confundindo as caixas de cada pessoa e, na hora de arrumar tudo na casa nova, ninguém saber exatamente onde cada objeto está. A dica para não se confundir é simplesmente não deixar as coisas ficarem misturadas antes de empacotar tudo.

“Todas as vezes que me mudei tinha alguém comigo, antes era minha avó e agora a minha esposa. Eu sempre tive menos coisas, então deixava as minhas separadas num quarto e levava por último. Chegando na casa nova, separava um quarto só com o que era meu”, afirma.

Caixa de papelão é uma boa solução para empacotar, mas não a única

Caixas de papelão costumam ser vistas como itens essenciais para qualquer mudança. Mas elas se mostram mais eficazes quando a distância é grande ou se várias pessoas vão se mudar. Jonathan, por exemplo, acredita que elas são a melhor forma de guardar as coisas, e destaca que “objetos de vidro precisam de uma atenção especial”.

Igor Miranda concorda que as caixas de papelão são importantes, mas conta que, no seu caso, elas são mais usadas em objetos grandes levados pela transportadora. Os pequenos são guardados em embalagens a vácuo, que ajudam a otimizar espaço.

“Costumo também fazer rolinhos com as camisas e colocar cuecas e meias dentro de outras coisas que possam tomar espaço”, conta, lembrando que tudo precisa estar bem identificado. Em relação aos objetos mais frágeis, sua dica é envolver tudo com plástico bolha e espuma. “O máximo de coisas delicadas que consigo levar comigo nos voos, levo”, acrescenta.

Já Yuri Fernandes vai na contramão desse estilo mais tradicional, já que não gosta de usar caixas de papelão. Como seus objetos são todos pessoais, se deslocar com elas não é lá muito prático. Afinal, é ele mesmo quem faz a mudança contando no máximo com a ajuda de amigos. Por isso, defende que o mais importante é deixar tudo bem organizado e tomar um cuidado especial com itens importantes.

“Sempre coloco tudo em malas grandes e dividido de acordo com o tipo: roupas, roupas de cama, objetos pessoais. Também tomo mais cuidado com os objetos que têm valor sentimental e documentos. Tenho uma caixinha com cartas, presentes pequenos, lembranças de familiares e amigos. Essa eu sempre carrego comigo, não a deixo em malas ou carros de mudança”, diz.

Listas evitam objetos perdidos na mudança

Perder alguma roupa ou objeto na hora de fazer a mudança é algo comum, mas não uma regra. Com Jonathan, por exemplo, isso nunca aconteceu, já que ele sempre toma um cuidado especial para que tudo tenha sido bem guardado. Se você também quer evitar deixar algo pelo caminho, Igor dá a dica: faça uma lista com tudo o que está levando.

Pode ser um truque bobo, mas Yuri é a prova viva de que ele funciona, já que sofreu algumas vezes na pele com a falta de organização. “Como eu não me programo muito e deixo para a última hora já perdi muita coisa. Tem roupas que vou sentir falta só depois de um tempo. Já deixei também chinelo, cortina, cobertores”, conta.

Separar tudo de uma vez antes da mudança reduz a bagunça

Tudo bem, mas após tanto planejamento é hora de empacotar! Aí vem outra dúvida: é melhor fazer tudo de uma vez ou aos poucos? Jonathan, Igor e Yuri concordam que, neste caso, o “deixar para a última hora” funciona muito bem. Afinal, já pensou em sem querer guardar alguma coisa que você vai precisar antes da mudança chegar na casa nova? Jonathan, inclusive, destaca que separar tudo de uma vez perto da data de se mudar evita uma bagunça maior.

Qual a ordem de empacotar as coisas para a mudança?

Quem está se mudando pela primeira vez pode ficar um pouco perdido em relação ao que empacotar primeiro. Afinal, existe uma ordem? Bem, a regra não existe, mas tanto Jonathan Ferreira quanto Igor Miranda preferem se livrar do que é grande primeiro, como móveis e eletrodomésticos, para depois cuidar do que é menor. Já Yuri Fernandes, que nunca teve que levar objetos tão espaçosos de uma casa para a outra, está mais do que acostumado com a ordem da arrumação. “Primeiro itens como roupas, calçados e roupas de cama. Depois, os menores e mais pessoais”, sugere.

Mudança de avião com animais de estimação

Do trio, apenas Igor já passou por uma mudança com um animal de estimação. No seu caso, foi uma cadela vira-lata de porte médio, que teve inclusive que ser transportada no compartimento de cargas do avião. Afinal, a distância era muito grande, e seria impossível viajar com ela em um carro, como muitas pessoas que vão para lugares próximos fazem. Mais uma vez, a dica o sucesso do transporte garantindo o bem-estar do animal é organização.

Se você vai transportar um pet, é preciso planejar com bastante antecedência, porque as companhias aéreas fazem algumas exigências, como carteira de vacinação em dias e parecer de um veterinário quanto à saúde do animal. Além disso, é preciso ter uma caixa transportadora adequada e, se o seu bichinho for agitado, gastar bastante a energia dele ou dela antes da viagem, pois a sedação não é uma opção, já que pode comprometer a vida do animal durante a viagem”, defende.

Vai se mudar pela primeira vez? Peça ajuda!

Agora que você já sabe todas essas dicas, deve ter percebido que organização e planejamento são as palavras-chave para qualquer mudança. Igor Miranda, inclusive, destaca que listas são sempre muito úteis nesse momento. Mas não pense que é vergonhoso você pedir ajuda para alguém, pelo contrário! Ter um amigo ou familiar que possa te ajudar pode ser o que você precisava para a mudança ser um sucesso.

Yuri Fernandes, por exemplo, que não leva tantos objetos para as novas casas, afirma que a dica para os marinheiros de primeira viagem é não se desesperar e pedir uma mãozinha a alguém. “Eu sempre chamo algum amigo. Nunca se sabe, né? Tem sempre uma mala que não fecha, algo que pode ficar para trás ou problemas na hora de carregar. Ninguém merece ficar sozinho nessa hora”, ri.

Já Jonathan Ferreira, que sempre se muda com itens grandes, sugere que nesse caso o ideal é contratar alguém para ajudar com o trabalho. “Gaste um pouco mais com empresas que fazem praticamente tudo para você, inclusive desmontar e montar móveis. Fiz isso na minha última mudança com a minha esposa e foi a mais tranquila de todas. Eles geralmente são rápidos e bem organizados. Vale a pena”, afirma.

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